CEO da Cloudflare disse que a companhia não trabalhou com autoridades brasilerias para bloquear o X ou torná-lo disponível no Brasil. Na quinta-feira (19), a Anatel disse que recebeu apoio da empresa para garantir bloqueio da plataforma. Rede social X, do bilionário Elon Musk
AP Photo/Rick Rycroft
O CEO da empresa de servidores Cloudflare, Matthew Prince, afirmou nesta segunda-feira (23) que a companhia não ajudou o X a driblar o bloqueio no Brasil nem a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a derrubar a plataforma novamente.
A Anatel disse na quinta-feira (19) que recebeu “apoio ativo das prestadoras de telecomunicações e da empresa Cloudflare” para identificar mecanismo que assegurasse o restabelecimento do bloqueio do X, do bilionário Elon Musk.
“Não sei do que as autoridades brasileiras estão falando, porque não trabalhamos especificamente com elas para bloquear o X ou tornar o X disponível no Brasil”, disse Prince, em entrevista à Bloomberg.
O executivo afirmou que a Cloudflare fechou um acordo para que o X passasse a usar seu serviço, o que causou a mudança no endereço de IP (sigla em inglês para “protocolo de internet”) usado para acessar a rede social.
Segundo ele, o Brasil conseguiu bloquear o novo endereço de IP do X depois da mudança de servidor. “Não houve nada que a Cloudflare tenha feito para facilitar isso. Não houve nada que o X fez para dificultar isso para o Brasil”, continuou.
Ainda de acordo com o presidente-executivo da Cloudflare, não houve um pedido do X para tentar burlar o bloqueio da plataforma no país.
“Não houve nada que o X nos pediu para fazer em termos de eliminar a capacidade do Brasil de bloquear o conteúdo dentro do Brasil. E não houve nada que fizemos para facilitar ainda mais a capacidade do Brasil de bloquear o que eles estavam fazendo”.
Na última quarta-feira (18), a rede social voltou a funcionar para alguns brasileiros porque mudou de servidores. A plataforma passou a usar a infraestrutura da Cloudflare para atender a usuários que tentassem acessar seu site e aplicativo no Brasil.
O servidor, que funcionou como “escudo” para o X, deixou de ser usado pela rede social na quinta-feira (19), depois de uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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